Em quanto cá estiver,
Vou sempre tentar ver o sol nascer.
Banhar-me na cor alaranjada do ocaso,
E deitar-me olhando o céu em prado raso.
Em quanto por cá andar,
Sonharei sempre numa noite de luar,
Envolver-me-ei no odor das maresias,
Erguendo na espuma do mar as minhas fantasias.
Enquanto não terminar o meu caminho,
Procurarei sempre nunca estar sozinho,
Nem de corpo, nem de alma, nem de afeição,
Tendo sempre alguém perto do coração.
Enquanto o meu tempo não se esgotar,
De todas as flores me hei-de apaixonar,
De todos os amigos hei-de guardar,
A imagem do seu sorriso, o jeito do seu olhar.
E se me aperceber que chegou a hora de partir,
Com dignidade a quero assumir,
Abraçando quem amo com verdade,
Em quando lhes direi não chorem de saudade.
E porque estes são os meus desejos maiores,
Selarei este dizer sem mais deslizes,
Pedindo a todos os que são os meus amores,
Façam-me o favor de ser felizes.
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